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quinta-feira, 22 de abril de 2010

Nota de Repúdio

O Sindicato dos Trabalhadores do Município de Goiânia, SINDIGOIÂNIA, repudia as agressões sofridas pelos servidores públicos como a violência contra agente da Guarda Municipal Deisy Daniela Santos Dantas, no último dia 07 de abril. A funcionária estava em seu posto de trabalho, no Almoxafirado da Secretaria Municipal de Educação, na Rua 74, Centro. No exercício de sua função, solicitou que um cidadão não estacionasse em área proibida. O mesmo não cumpriu a orientação da GM desferiu dois tapas no rosto e fez ameaça de morte a servidora.
Deisy não sofreu mais agressões porque foi socorrida pelos colegas da unidade. O agressor foi o sargento Luiz Alves Moreira, da 17º CIPM. Queremos ressaltar que o fato desse integrante da corporação - que tem mais de 150 anos de existência - ter agido de forma incorreta e equivocada, não significa ser a conduta da maioria dos policiais, que muito contribuem para manter a ordem e a segurança pública em Goiânia e no Estado.


Esse é apenas um dos exemplos de casos de violência que os servidores municipais uniformizados, que no exercício da lei são agredidos fisicamente. Vale salientar que de 2009 até a presente data, cinco guardas municipais foram agredidos em seus postos de trabalho e dois agentes de trânsito da Agência Municipal de Trânsito (AMT) também foram vítimas de desacato e abuso de autoridade. Estes funcionários públicos foram tratados a tapas, socos e ponta pés simplesmente porque no exercício do trabalho exigiram que a lei fosse cumprida. Todavia, as agressões verbais são uma constante nas diversas áreas da municipalidade. Sobretudo, naquelas que atendem diretamente ao cliente como os guardas municipais, agentes de trânsito, fiscais, professores, médicos e servidores dos postos de saúde, entre outros segmentos que antes de ocuparem um cargo específico, são todos servidores públicos a serviço da comunidade.
Queremos chamar a atenção da sociedade para a importância de cuidar daquilo que é público, tendo em vista, que o público é de todos e para todos nós. Existe uma inversão de valores. Muitos confundem o público com aquilo que não tem dono, não é de ninguém e por isso não merece respeito. Porém, todos que adentram ou precisam do serviço público, da segurança, da educação, da saúde, da habitação ou de qualquer área da administração municipal quer e deve ser bem atendido. Mas, o cidadão tem que respeitar aquele que o atende até porque desacato e agressão a qualquer servidor público no exercício de sua função é passível de punição e até mesmo detenção previstas em lei.
O SINDIGOIÂNIA quer que casos como o de Deisy seja exemplarmente esclarecido e que a justiça seja feita. Não apenas como punição, mas a título de servir de exemplo para aqueles que abusam da autoridade para coagir, ameaçar, agredir os cerca de 30 mil servidores da prefeitura de Goiânia.
Um fato que nos chama atenção é que muitas vezes o agressor do servidor público municipal também é servidor público de outra esfera. Também usa uniforme e representa o Estado. Esquecem que a autoridade a ele conferida como representante do Estado também é dado àqueles que atuam na municipalidade.

CARLOS ANTÔNIO RAMOS DE ALENCAR – PRESIDENTE DO SINDIGOÃNIA

Fonte: Sindigoiânia

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